quarta-feira, 25 de março de 2015

HUSEIN BAKRI E REQUIÃO FILHO TROCAM FARPAS

A discussão sobre a instalação de novas CPIs provocou uma troca de farpas entre parlamentares da base do governo e de oposição, na sessão de ontem da Assembleia Legislativa. O bate-boca foi protagonizado pelo deputado governista Hussein Bakri (PSC) e o oposicionista Maurício Requião Filho (PMDB).

Bakri subiu à tribuna para dizer que não aceitava a cobrança dos oposicionistas para a instalação da CPI da Receita Estadual, alegando que no Congresso, o senador não apoiou a criação da CPI da Petrobras. “CPI de politicagem eu não assino.

 Parente por parente, podemos fazer CPI para saber quantos dólares tinham o armário do Eduardo Requião”, disse, referindo-se à apreensão de dinheiro pela polícia em 2011, no apartamento do ex-superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião, irmão do senador.

 Ele também citou o caso da compra de “TVs laranjas” durante a gestão de Maurício Requião como secretário da Educação. “Toda vez que forem trazidas questões pessoais, vai ser respondido a altura pela base do governo”, avisou o parlamentar governista.

Bakri também citou o deputado federal e sobrinho de Requião, João Arruda (PMDB), que em 2001 se envolveu em um acidente de trânsito em Curitiba que resultou na morte de duas pessoas.

Maurício Requião Filho rebateu lembrando que o Porto já foi objeto de investigação de uma CPI na Assembleia na legislatura passada. E que o caso das “TVs laranjas” foi arquivado pelo Ministério Público.

 Em seguida, ele partiu para o contra-ataque contra Bakri, afirmando que o deputado foi condenado pela Justiça por suposta fraude em licitação para a construção de um ginásio quando era prefeito de União da Vitória, interior do Estado. “Podemos indagar se devemos criar uma CPI sobre deputados condenados”, disse Requião Filho.

“O João Arruda me pediu para lhe dar um recado. Quando o senhor o procurou para privativas a água em União da Vitória ou para lhe dar apoio na eleição, ele prestava. Lembro do seu pai na casa do meu pai. E ‘laranjas’ são as CPIs propostas para encher uma fila”, disse o peemedebista.

O deputado insinuou ainda que Bakri estaria agindo a mando do governo. “Só que o governo escolhe mal seus fantoches. Porque escolheu um ficha suja”, afirmou. “O problema do Luiz Abi não é ser parente. E ser conselheiro, parceiro próximo do governador e estar envolvido em fraude em licitação. Na família Requião não há condenação por corrupção. Não há ficha suja”, disse.

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