Em um momento de descuido, tudo o que os pais, Humberto e Sueli, moradores de Lages, conseguiram ver foi o rastro de bonecas e brinquedos deixados pela menina, que despencou de uma altura de 30 metros rumo ao precipício. A altura é equivalente a um prédio de 10 andares.
A queda aconteceu pouco antes das 17h e rapidamente a Polícia Militar Rodoviária foi acionada. O helicóptero Arcanjo foi chamado, mas, devido ao por do sol e à ausência de iluminação, não decolou para o resgate. Bombeiros de Orleans resgataram a menina por terra, por volta das 18h. Edson Freitas, Cabo do Corpo de Bombeiros, foi o responsável pelo resgate, feito de rappel.
— O que me chamou a atenção foi que, se ela desse um passo ou se não tivesse se agarrado a um arbusto, ela teria caído no penhasco. Quando a encontrei, disse que, assim como eu, o anjinho da guarda dela também estava de plantão hoje — conta o bombeiro que, em 25 anos de profissão, já presenciou outros resgates no mesmo local.
De acordo com Cabo Freitas, o mato denso, a presença de degraus naturais na descida e o fato da menina estar bastante agasalhada evitaram que ela se machucasse. Isadora desceu rolando morro abaixo até que conseguiu se segurar a um arbusto. Segundo o socorrista, mesmo depois que ele a encontrou, ela não largou a planta.
— Estava frio e ela tinha uma blusa amarrada à cintura. Eu mesmo tive que desamarrar e colocar nela, porque ela não queria soltar o arbusto de jeito nenhum. Pedi pra ela fechar os olhos, pra não se assustar, já que ela estava de costas para o precipício. Minha preocupação foi mantê-la calma e tirar ela de lá o quanto antes — lembra Cabo Freitas
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