terça-feira, 8 de dezembro de 2015

COMO VIVE UM BILIONÁRIO NA CADEIA

Há 12 dias, André Esteves foi levado para uma cela com camas de concreto. A cabeça dele foi raspada. Alguns de seus companheiros são ratos, atraídos pelo aterro sanitário vizinho à prisão.

O banqueiro de 47 anos ainda é bilionário, mas tem que usar um sanitário sem porta estilo turco --ou "boi'', como chamado por detentos-- no famoso complexo penitenciário de Bangu, no subúrbio do Rio de Janeiro.
 
Do lado de fora, o cheiro das valas de esgoto se mistura com o aroma de terra batida e frituras que as mulheres compram para seus maridos presos de vendedores em frente ao presídio.
 
Do lado de dentro, o ex-presidente do conselho e ex-CEO do Grupo BTG Pactual, o maior banco de investimento independente da América Latina, toma banho com um sabão em barra, que se vindo de fora é cortado em fatias por guardas na revista em busca de contrabando.

Ódio contra banqueiros

A prisão de Esteves, junto com o encarceramento em junho do diretor do maior conglomerado de construção do Brasil, causou um sentimento de "bem feito para eles" em um país acostumado com a impunidade para os criminosos de colarinho branco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário