Em decisão unânime, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do deputado estadual Alceu Maron Filho (PSDB) na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná por infidelidade partidária.
O julgamento foi um dos últimos da pauta da sessão de quinta-feira do TSE e, até ontem, ele ainda não havia sido intimado, segundo a assessoria do tucano. O recurso contra Maron foi proposto pelo PPS, partido em que ele disputou as eleições antes de migrar para o PSDB.
O tucano, que ficou como segundo suplente, assumiu a cadeira de Marcelo Rangel (PPS) na AL em janeiro de 2013. Rangel foi eleito prefeito de Ponta Grossa. Agora, com a decisão do TSE, o ex-deputado Felipe Lucas (PPS) deverá retornar à Casa.
O PPS recorreu à Justiça para reaver a vaga e conseguiu no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, no ano passado, cassar o mandato de Maron por infidelidade. Contudo, no dia em que deveria desocupar o espaço na AL, o TSE acatou pedido da defesa do tucano e concedeu liminar para que ele permanecesse no cargo até o julgamento do mérito do recurso, o que ocorreu nesta semana.
Maron, que tem a sua base eleitoral em Paranaguá (Litoral), onde disputou a prefeitura em 2012, alegou "justa causa" no processo para deixar o PPS. Segundo ele, teria havido "grave discriminação pessoal" e "desvio reiterado" nos rumos da sigla, quando fez "composição para apoiar a continuidade da gestão do PDT", na cidade litorânea.
No entanto, para o TSE, "não ficou configurada" a mudança programática do PPS, nem a justa causa para a mudança de Maron. Enquanto isso, o médico Felipe Lucas, de Irati (Sudeste), espera a convocação para tomar posse.
. "Agora vamos conversar com o partido para saber como será a nossa atuação na Assembleia", resumiu ele, que pretende disputar novamente uma cadeira na AL no pleito de outubro.
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