É um dado perturbador, mas é apenas mais um numa montanha de estatísticas trágicas, que atesta as consequências sangrentas do explosivo crescimento da frota de veículos motorizados de duas rodas.

As implicações vão muito além da dor da família e dos amigos das vítimas. Elas se estendem ao já sobrecarregado sistema público de saúde e onera os cofres da Previdência Social, concedente dos auxílios-doença e de aposentadorias precoces.
Não há nenhum estudo amplo por parte do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sobre os custos com os acidentes. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam que metade dos gastos com internações de acidentados no trânsito são consumidos com motociclistas.
No Nordeste, maior mercado de motos e onde a frota cresce em ritmo ainda mais acelerado, a proporção é maior. No Piauí, por exemplo, os motociclistas eram 84% dos acidentados hospitalizados em 2011. A estimativa é que estes gastos ultrapassem R$ 100 milhões por ano em 2013.
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