domingo, 27 de outubro de 2013

Bolsa família distribui mais verba que FPM de 457 cidades

Em 457 cidades brasileiras o dinheiro repassado para o Bolsa Família já supera a receita obtida com o Fundo de Participação dos Municípios, principal fonte de recursos de pequenas prefeituras. A maioria dos casos (435) está nas regiões Norte e Nordeste do país.

O dinheiro do programa de transferência de renda cai diretamente na conta das famílias beneficiadas, enquanto os recursos do FPM, composto pela receita de impostos como o IPI e o Imposto de Renda, entra no caixa da prefeitura e é usado basicamente para o custeio, com pagamento de funcionários.

Pequenos municípios têm no FPM a sua principal fonte de financiamento mensal, em geral com características comuns de elevado número de famílias do Bolsa Família e dificuldades para encontrar outras formas de arrecadação.

Os resultados mostram que em Estados como Maranhão e Acre a maioria das cidades recebe mais verbas por meio do benefício. Em Roraima, esse tipo de fenômeno só não ocorre em duas cidades.

Na cearense Tianguá, o repasse a famílias beneficiadas, que representam mais da metade de seus 72 mil habitantes, somou nos três meses R$ 1,1 milhão a mais do que a verba obtida pelo FPM.

No ano passado, o volume do benefício pago na localidade foi equivalente a 20% da receita total da prefeitura. Também há grandes metrópoles na lista, como São Paulo. Nesses casos, os recursos vindos do fundo são proporcionalmente pequenos.

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