A inadimplência do consumidor cresceu 16,4% no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados divulgados pela Serasa Experian. Essa é a maior alta semestral desde 2012, quando foi registrado um aumento de 19,1%.
A inadimplência não bancária (cartões de crédito, financeiras, lojas e prestadoras de serviços como telefonia, energia elétrica e água) foi a principal responsável pela alta do indicador em junho, com aumento de 10,2% em relação a maio.
As dívidas com os bancos e os títulos protestados subiram 2,5% e 4,7% no mesmo período, respectivamente. Apenas os cheques sem fundos apresentaram queda de 1,1%, contribuindo para que o índice não fosse ainda maior.
Na comparação com o mesmo período de 2014, o valor médio das dívidas não bancárias apresentou alta de 24,6% no primeiro semestre do ano. O valor médio dos cheques sem fundos e da inadimplência com os bancos cresceu 10,9% e 0,9%, respectivamente.
Segundo os economistas da Serasa, o aumento da inadimplência pode ser explicado pelas altas da inflação e das taxas de juros, que diminuem o poder de compra dos consumidores e aumentam as dívidas já existentes, respectivamente, além do aumento do desemprego, que compromete a renda de parte dos brasileiros.
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