domingo, 13 de abril de 2014

Cesariana ganha espaço na rede pública

Segundo dados parciais do Ministério da Saúde em 2013 foram realizados 1 milhão e 17 mil partos cesáreos (48%), contra 1 milhão e 95 mil partos normais (52%). O índice de cesarianas está muito acima do limite máximo preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 15%.

O preço da preferência tem sido alto para o serviço público de saúde: além dos custos maiores por tratar-se de um procedimento cirúrgico, o parto cesáreo oferece maiores riscos de infecções à mãe, requer mais tempo de internação, maior aparato médico e riscos potencializados de nascimento prematuro, acima de tudo nos casos em que é feito o pré-agendamento de acordo com a conveniência de pais e profissionais.

A situação é tão preocupante que o governo federal lançou em 2011 a estratégia Rede Cegonha, que tem como metas principais incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mulheres e crianças. Uma das ações é o custeio de Centros de Parto Normal (CPN), na tentativa de reduzir cada vez mais a taxa de mortalidade materna e as ocorrências de cesarianas realizadas desnecessariamente na rede pública de saúde

. A concepção dos CPNs se espelha em experiências positivas desenvolvidas em países como Holanda, França e Inglaterra. O Ministério da Saúde informou que, desde o lançamento da Rede, já foram investidos mais de R$ 3,3 bilhões para o desenvolvimento de ações em todo o País.

No Paraná, onde as cesarianas representaram 63,6% de todos os partos realizados em 2013, foi criada a Rede Mãe Paranaense, para a organização da atenção materno-infantil nas ações do pré-natal e puerpério, além de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, em especial no primeiro ano de vida

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