quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Implantação do SAMU é debatido por prefeitos da Amsulpar

Na última reunião da Associação dos Municípios do Sul do Paraná (Amsulpar) havia sido formada uma comissão, com representantes da entidade, secretarias de Saúde dos nove municípios e do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Iguaçu (Cisvali), com o objetivo de realizar o levantamento de custos para operacionalizar a Rede de Atendimento de Urgência – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

 Nesta terça-feira (27/08), a equipe apresentou uma planilha de custos para aos prefeitos, num sistema composto por unidade básica e avançada. Contudo, nova proposta surgiu durante o encontro. Outra reunião será realizada com representantes da secretaria Estadual e ministério da Saúde com o objetivo de dar subsídio para decisão.

Suporte de unidade regional avançada


 De acordo com o levantamento, o custo para manter duas ambulâncias centralizadas e equipes de atendimento comum aos nove municípios da Amsulpar ficaria em R$ 234.334,40, por mês. O repasse do Governo do Estado é de R$ 77 mil, somado do mesmo valor destinado mensalmente pelo Governo Federal. A princípio, o sistema geraria um investimento, por parte dos municípios, de R$ 80.334,40 ao consórcio. Sendo especulado o valor de R$ 0,48 por habitante da região do Cisvali. No caso de União da Vitória seria necessário o aporte financeiro mensal de R$ 25.312,80.

De acordo com a secretária executiva do Cisvali, Silvia Andrade, baseada no consórcio existente em Pato Branco que a equipe visitou, a dificuldade impera na contratação de médicos e no gerenciamento de atendimento do Samu.
 O acionamento fica restrito a solicitação por uma central de regulação situada em Curitiba, via telefone 192. “Cada ligação gera um check list em que o atendente recebe essa demanda e aciona a unidade adequada para levar o paciente ao lugar mais próximo”, explicou a diretora presidente da Fundação Municipal de Saúde (Fusa), Margarete Olivo. “É necessária uma readequação cultural”, acrescentou.

Suporte Básico Municipal
Além do consórcio da unidade regional avançada, para o suporte básico cada município necessita de estrutura municipal. A sugestão é possuir a equipe, composta por um motorista e um técnico de enfermagem, à disposição 24h por dia. Para isso, são necessários cinco profissionais de enfermagem e cinco motoristas. Somados aos gastos com materiais, cada município terá, conforme o levantamento, que destinar R$ 26.581,61 todo mês ao serviço.

 Esse valor é abatido do repasse mensal de R$ 13.125,00 do ministério da Saúde. Ficando a diferença de R$ 13.456,61 para cada município compor. Esse cálculo é relativo à manutenção de uma unidade habilitada. Caso se opte pela unidade qualificada o valor do repasse ministerial aumenta para R$ 21.919,00, derrubando o investimento municipal para R$ 4.662,61 mensais.

O presidente da Amsulpar e prefeito de União da Vitória, Pedro Ivo Ilkiv, promoveu debate entre os prefeitos e secretários. A maioria dos prefeitos se queixa da queda de arrecadação e aponta dificuldade de aderir ao Samu Regional.

. “Estando dentro de uma rede é primordial, do contrário a prefeitura fica batendo cabeça para destinar o paciente ao atendimento correto”, apontou Pedro Ivo. Os gestores não chegaram a uma decisão final sobre a implantação e o presidente sugeriu nova discussão, com representantes da secretária de Estado da Saúde, do ministério da Saúde e outro consórcio (já com o sistema funcionando), dentro de 30 dias, para avaliar melhor a proposta.

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