sábado, 5 de novembro de 2016

EM CAUSA PRÓPRIA

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, voltou a defender um reajuste salarial para si próprio. Ganha R$ 33,7 mil. Quer ganhar R$ 39,2 mil mensais.

 Ele falou como sindicalista num resort paradisíaco da Bahia, num encontro de juízes estaduais patrocinado por empresas públicas e privadas.

. Entre elas uma empresa de celulose que coleciona condenações judiciais nas áreas ambiental, trabalhista e fiscal. Falando para os colegas de magistratura, Lewandowski perguntou: reivindicar [reajuste salarial] é feio? No seu caso, não é feio. É horroroso!

A reivindicação de Lewandowski desafia a paciência dos 12 milhões de brasileiros sem contracheque, que foram colocados no olho da rua pela crise. Os salários do Supremo servem de referência para outras remunerações de servidores. Quando sobem, puxam os demais.

No final da descida da cascata, a coisa custará algo como R$ 5 bilhões por ano. Ou R$ 15 bilhões até 2019. Por sorte, a ministra Cármen Lúcia, que substituiu Lewandowski na presidência do Supremo, parece ter outras prioridades.

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