A chegada de Valdir Rossoni (PSDB) à Casa Civil, somada às pretensões de Ratinho Jr. (PSD) de concorrer ao Palácio Iguaçu em 2018, pode gerar alguns atritos na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná.
Apesar de a base aliada ao governador Beto Richa (PSDB) ser ampla maioria, há na Casa uma divisão entre os parlamentares favoráveis e contrários a Rossoni, suficiente para desequilibrar até mesmo determinadas votações. O tucano chefiou o parlamento entre 2011 e 2014.
Ontem, chamou a atenção o fato de que alguns membros da bancada governista, que costumam aparecer sempre ao lado de Beto, não estiveram na concorrida cerimônia de posse dos novos secretários.
Foi o caso, por exemplo, de Hussein Bakri (PSD), Nelson Justus (DEM), Alexandre Curi (PSB) e Luiz Cláudio Romanelli (PSB). O líder do governo, contudo, justificou a ausência, alegando que tinha um compromisso "previamente agendado", o qual não conseguiu desmarcar.
"Neste momento, sou leal ao governador. Vai depender muito mais deles do que de mim. Mas pessoalmente não entendo como salutar (a mudança)", disse Hussein.
Prestes a assumir a liderança do bloco informal de Ratinho, composto por 14 membros (8 do PSD e seis do PSC), ele preferiu não citar o motivo da desavença com o tucano, citando apenas "problemas locais". "É óbvio que é necessário verbas para a nossa região. Se isso vier a ocorrer normalmente, não vejo problema", adiantou.
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